Friday, September 22, 2006

Revista Femme nº05

Bruxas do século XXI

Bruxas modernas que executam a magia das tradições religiosas para o bem

Por Renata Giovanelli

Nada de roupa preta, gato preto, caldeirão, vassouras e chapéus pontudos as bruxas são pessoas comuns, tem trabalhos normais e fazem coisas iguais a todo mundo. Buscam com sua devoção a Deusa (Natureza) um mundo melhor para todos. As bruxas de hoje são doces, serenas e alegres que levam a mensagem de força do feminino. Esse feminino cheio de mistério que esta dentro de cada mulher, é por isso que a maioria que segue essa religião são mulheres.
As bruxas foram perseguidas a vida toda e tornaram-se mal ditas até por suas qualidades. Elas têm o conhecimento e estudam herbologia, astrologia, biologia, hermetismo, horticultura e cultua as forças da natureza e exercita plenamente o atributo feminino da intuição.

Com a casa as bruxas elas foram se escondendo, os rituais ficaram restritos as cerimônias secretas, envoltas em mistérios, fantasia e preconceito e ainda hoje esses encontro são olhados com desconfiança e medo. Há rituais coletivos com roupas especiais e lista de matéria. È uma celebração. Mas as bruxas não precisam de muita coisa para realizar os seus feitiços, já que o que vale é a intenção que colocam em tudo que vão realizar. A bruxaria é a religião da liberdade e da responsabilidade, pois o que se faz para o outro, volta três vezes mais para você.

Apesar de não serem mais perseguidas, as bruxas de hoje preferem a intimidade para reverenciar a Deusa. Elas acreditam em símbolos e amuletos, mexem com energia e é por isso são solitárias, pois precisam de muita introspecção. É na intimidade de suas casas que elas oram, meditam, preparam poções e cuidam do planeta.

Para a professora Mônica Fernandes Lucarelli o interesse pela bruxaria surgiu devido a sua idéia a respeito de religião e da natureza. “Desde menina eu sempre tive idéias muito particulares a respeito de Religião e da Natureza, sempre houve uma conexão que, no meu entender, era sagrada entre as coisas divinas e as coisas, digamos assim, terrenas. Foi muito engraçado quando li o primeiro texto sobre Bruxaria e descobri que existia uma Religião que "pensava" exatamente da mesma forma que eu sentia e pensava o sagrado, foi como um reencontro e daí pra frente não houve maneira de tirar a Bruxaria da minha vida”, revela Mônica, que teve sua auto-iniciação aos 18 anos na tradição Wincca em 1997.

Já para a astróloga, dançarina estudiosa do assunto Magda de Mariolani, o interesse surgiu aos 15 anos. “Sempre tive curiosidade sobre o assunto, e a astrologia veio primeiro e em 1991 teve contato com a dança sagrada e a partir daí não parei mais, resolvi me aprofundar nas mitologias antigas”, conta.

A principal diferença está no olhar de uma Bruxa, na maneira como ela vê as coisas. “Um dia de chuva pra mim é lindo, um presente, se faz sol também, coisas que a maioria das pessoas nem reparam, para nós são presentes sagrados, manifestações da Deusa. Nós olhamos e vemos a Deusa em todas as coisas, lugares e acontecimentos, mesmo os que as pessoas consideram ruins, nós entendemos como sendo à vontade e a expressão Dela”, informa Mônica.

Segundo a professora isso não quer dizer que aceitem tudo passivamente. “Nós lutamos para melhorar as coisas que achamos que não estão bem do jeito que estão porque reconhecemos a divindade em nós, fazemos parte da teia da vida e nossas atitudes fazem vibrar todos os fios, e isso é algo que reflete em nossas atitudes no dia a dia, em todos os momentos”, finaliza.

Paganismo

Segundo os praticantes do paganismo, ele é mal compreendido. “Acredito que o que mais contribui para que seja uma Religião tão mal compreendida seja justamente o fato de não ser cristã, de ser politeísta e panteísta (que reconhece o sagrado na Natureza, animais, pedras, enfim, em todas as coisas). Muitos mitos se criaram e se perpetuaram dizendo que a Bruxaria é coisa do demônio, que pratica rituais de sangue e coisas assim. Muita falta de informação de um lado e muita intolerância de outro”, revela Mônica.

A Bruxaria tem, de fato, conceitos e alguns valores bastante diversos do cristianismo, eles não acreditam no demônio, cultuam a natureza, o sagrado feminino e se preocupam com o bem do planeta e das pessoas. “Essas diferenças resultaram num comportamento profundamente etnocêntrico a respeito da nossa Religião e esse comportamento foi cada vez mais intensificado historicamente, começando pela inquisição e chegando até o ponto em que estamos hoje, em que muitos adolescentes desinformados colocam um pentagrama no pescoço e saem se dizendo Bruxos com a clara intenção de chocar as pessoas”, comenta Mônica.O que faz uma bruxa?

Além de seguir a Roda do Ano, fazem os rituais, feitiços segundo sua Tradição e necessidades, lêem e estudam muito e usam efetivamente o que aprendem sobre as ervas, astrologia, oráculos, etc. A finalidade primordial da Bruxaria é estar em harmonia com a Natureza e com as energias divinas contidas nela. E a melhor forma de alcançar esta harmonia é a observação dos ciclos naturais. É para isso que servem os Esbats - nome de cada uma das reuniões (ou celebrações solitárias) mensais, no primeiro dia da Lua Cheia ou da Lua Nova de cada mês. Nestas datas são celebrados os ciclos lunares; a finalidade básica dos Esbats é a celebração os ciclos da Deusa, em seus três aspectos: Donzela, Mãe e Anciã (Crescente, cheia e Minguante). Além disso, são épocas propícias para as reuniões, a editação e o estudo e Sabbats - denominação de cada um dos 8 grandes festivais solares que acontecem anualmente e que marcam a Roda do Ano das Bruxas.

As Bruxas tem as atividades mais variadas, muitas se interessam por arte, política, muitas são ativistas dos direitos femininos, dos animais, do ambiente. “Cada uma é única, não há uma regra ou um padrão além de se dedicar a servir a Deusa e praticar sua religião da melhor forma possível”, informa Mônica.

Como funciona

Segundo Magda, na Bruxaria não existem leigos ou fiéis todos os praticantes são iniciados, portanto Sacerdotes e Sacerdotisas, não existe nenhum "mediador" entre os praticantes e a divindade. Eles acreditam e cultuam uma Deusa e um Deus, portanto uma religião voltada para o Sagrado Feminino. Em algumas Tradições, embora reconheçam o Deus, cultuam apenas a Deusa. “É uma Religião muito profunda que requer muito estudo em diversas áreas como ervas, astrologia, oráculos, mitologia, etc”, finaliza.


O SAGRADO FEMININO NOS TEATROS – AS LUNAÇÕES

A busca pela espiritualidade na natureza, pelo divino e sagrado, a “deusa” volta a fornecer as bases da evolução espiritual e sentido da vida para muitas pessoas. O crescente movimento dentro da psicologia transpessoal e junguiana, seja pelos livros de bruxaria, psicologia, romances sobre o assunto, publicações ou até espetáculos de teatro, culto à deusa ganha notória expressão em nossa sociedade.

Após a experiência bem sucedida de “No tempo dos faraós” em 1996, a coreógrafa e dançarina Magda de Mariolani, vislumbrou as possibilidades que uma dança milenar teria nos palcos, criando em 2003 “Lunações, o feminino sagrada”, espetáculo que explora as relações entre a vida na terra e os fenômenos celestes, refletindo a antiga ligação que os pagãos tinham com as fases lunares. “Lunação é o espaço decorrente entre uma lua nova e a lua nova seguinte. Em cultos pagãos, essa medida de tempo revelava o próprio fluir da vida”, revela Magda.

Curiosidades

Origem da palavra

Bruxa em inglês é "witch", palavra derivada de "wicce" (aquele que sabe) e "wikken" (adivinhar). Elas eram conhecidas pela sua sabedoria em curar doenças, em realizar partos e seu conhecimento nas ervas. Só entre os séculos 13 e 19 é que elas passaram a ser consideradas maldosas e foram duramente perseguidas na Europa.

Na década de 1940, elas voltaram a se reunir e fundaram uma religião chamada Wicca, ou "religião das bruxas", que existe até hoje.

Dia das Bruxas

Comemorado há mais de dois mil anos o "Dia das Bruxas", nasceu entre os celtas, um povo que vivia na França, na Irlanda e na Escócia. Eles acreditavam que demônios, espíritos dos mortos e bruxas ficavam vagando na noite da virada de ano, que no calendário celta é comemorado no dia 31 de outubro para dia 1º de novembro.

A palavra “Halloween” tem a sua origem na igreja católica e vem da frase “All Hallows Eve” que significa Dia de Todos os Santos, uma reverência aos santos mortos.Ao longo do tempo, o medo que esse dia causava foi sendo esquecido e transformou-se numa brincadeira para as crianças. A tradição foi levada para os Estados Unidos por imigrantes irlandeses e popularizou-se no final do século XIX, quando as crianças passaram a sair às ruas batendo de porta em porta e dizer “tricks or treats” (travessuras ou doçuras).

A origem

As pessoas nativas ao longo da Europa acreditavam em espíritos ou deuses, normalmente associados com a Terra, Sol, e Lua, e eles viam as suas vidas e as vidas dos deuses como possuidoras de um padrão cíclico, seguindo o ciclo anual de estações. A parte final é típica dos povos nativos está em todos os lugares. Enquanto o povo vivia pela agricultura, caça e coleta, o conhecimento dos processos cíclicos tornou possível o controle das forças sazonais da Natureza. Assim, o desenvolvimento de uma religião na qual as estações eram reconhecidas e celebradas é bastante compreensível.

A maioria do conhecimento sobre bruxaria européia vem dos escritos de conquistadores cristãos e padres. Foram os cristãos que primeiramente deram o nome a pratica de ‘magia’ como ‘bruxaria’. Os cristãos suprimiram a religião nativa, em parte, adotando muitos dos seus rituais e costumes.

Considerando que a maioria das pessoas não sabiam e nem podiam ler e nem escrever, estas tradições orais passadas de geração em geração era o único meio para manter o conhecimento vivo. Sem registros escritos, sabe-se muito pouco destas tradições antigas. Os registros são distorcidos, tendo sido escritos por padres da Inquisição ou sidos tomados dos registros das Inquisições.

Os antropólogos supõem que as culturas primitivas dos tempos modernos têm uma semelhança de transcurso às culturas mortas do passado, e quase tudo tem alguma forma de bruxaria ou magia.

Revista Femme nº04

Show de Vitalidade

A idade é uma mera cotijuvante na história de vida dessas mulheres

Por Renata Giovanelli

Elas estudaram, trabalharam, casaram, criaram filhos e tiveram direito à aposentadoria. Cada uma a seu modo vivenciou o mundo e sobreviveu a ele. Fecharam um ciclo da vida e iniciaram outro, com uma vitalidade de impressionar.

E para homenagear essa parte da população que cresce a cada ano, foi estabelecido em 1999 pela Comissão do Senado Federal o dia nacional do idoso (27/09). Que hoje são 14,5 milhões de pessoas, 8,6% da população total do Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo 2000.

O envelhecimento da população brasileira é reflexo do aumento da expectativa de vida, devido ao avanço no campo da saúde e à redução da taxa de natalidade. Prova disso é a participação dos idosos com 75 anos ou mais no total da população - em 1991, eles eram 2,4 milhões (1,6%) e, em 2000, 3,6 milhões (2,1%).

A população brasileira vive, hoje, em média, de 68,6 anos, 2,5 anos a mais do que no início da década de 1990. Estima-se que em 2020 a população com mais de 60 anos no País deva chegar a 30 milhões de pessoas, representando 13% do total, e a esperança de vida, há 70,3 anos.

E para mostrar que a idade nem sempre representa alguma coisa, diferentes mulheres falam a Femme sobre as mudanças e de como aproveitar a vida.

Aos 76 anos de idade, Lourdes Torniziello Pansani faz tudo aquilo que tem vontade. “Antes eu não tinha tempo pra nada, cuidava da casa dos seis filhos, agora tenho tempo pra mim, e vou em busca daquilo que gosto de fazer”, conta.

Lourdes não para de enriquecer o seu currículo, a ultima investida foi no curso de informática. “Comecei por curiosidade, mas gostei de mexer no computador, tenho que estar atualizada, acompanhar a modernização”, fala.

Para a irmã de Lourdes, Maria Antonieta Torniziello Carvalho de 67 anos, a musica sempre foi um sonho e por isso começou a tocar cavaquinho. “Sempre tive paixão pela musica, mas antes não tinha tempo já que cuidar da família era prioridade, e agora posso me dedicar às aulas musica”, revela.

Atividades que antes não faziam parte da rotina, agora passou a ser uma grande gratificação para Maria Dalva Seco Pinheiro de 65 anos. Ela está engajada em trabalhos voluntários. “Nunca pensei que minha agenda estaria cheia, agora dedico o meu tempo para cuidar de mim e das pessoas mais necessitadas, por isso uma vez por semana faço visitas no asilo e na favela, para ver como anda as coisas”, informa.

As três fazem parte do mesmo ciclo de amizades e sempre estão fazendo excursões, vagens e reuniões. “Temos mais tempo para cultivar e aproveitar as amizades”, diz Maria Dalva. “Damos boas risadas quando estamos juntas”, fala Lourdes. “É uma época que você aprende a aproveitar mais a vida”, comenta Maria Antonieta.

O esporte

Todas buscaram uma modalidade esportiva para praticar e manter uma saúde impecável. E foi o que fez Doralice Vieira de Lima Gomes de 53 anos. Hoje Dorinha (como é conhecida) faz parte do grupo de vôlei da 3ª idade de Campinas, a Fênix. “Nunca tinha pensado em jogar vôlei, mas um amigo falou e fui conhecer e estou aqui há cinco anos”, revela.

A equipe treina todas as terças e quintas das 8:00h as 10:00h. “Se fico uma semana sem vir sinto falta”, diz Dorinha que tem disposição pra dar e vender, já que além do vôlei ela faz dança de salão, tango, basquete e musculação. “Não gosto de ficar parada, sempre fui muito ativa e agora que tenho tempo de me cuidar, pratico esporte que é o que meda prazer”, completa.

Segundo a técnica, Adriana Gérmen de Lima Montagner, fazem parte do grupo 35 pessoas entre mulheres e homens acima dos 50 anos. Todo ano eles participam do Campeonato da Cidade de Campinas, além do regional. “Esse ano fomos classificados para os jogos abertos”, informa.

Realização de um sonho

Para comemorar o seu 60º aniversário, Maria Madalena Fiorin Thomeo saltou de pára-quedas. “Era um sonho antigo, sempre quis estar nas alturas, como aeromoça, piloto, mas a vida me levou pra outro caminho e tive que esperar”, conta.

A família já havia sido avisada, mas ninguém pensava que ela teria coragem. “Desde meus 59 anos, vinha falando que iria saltar, mas ninguém levou a serio, convidei algumas amigas e falaram que ia, mas quando marquei o salto todas deram desculpas”, revela. Foi ai que ela teve a idéia de enviar um e-mail para a apresentadora Ana Maria Braga, do Mais Você da rede Globo de televisão. “Achei que não ia dar certo, mas no fim ela leu o meu e-mail e se interessou tanto que mandou a equipe dela me acompanhar no dia”.

A aventura contagio Maria Madalena que pretende fazer o curso para saltar sozinha da próxima vez. “E para comemorar os meus 70 anos vou querer participar de uma formação no céu”, finaliza.

A emoção de estar nas alturas se tornou exemplo para muitas pessoas. “Depois que foi ao ar na TV o meu salto recebi muitos e-mails, falando que eu era um exemplo, que incentivei e passei esperança para algumas pessoas, fiquei muito feliz com isso. Mostrei que independente da idade tudo que agente quer agente pode”, finaliza Maria Madalena.

Eles são importantes

A importância dos idosos para o País não se resume à sua crescente participação no total da população. Boa parte dos idosos hoje são chefes de família e nessas famílias a renda média é superior àquelas chefiadas por adultos não-idosos. Segundo o Censo 2000, 62,4% dos idosos e 37,6% das idosas são chefes de família, somando 8,9 milhões de pessoas.

Por isso uma das preocupações dos especialistas que lidam com a terceira idade é criar opções para maiores de 60 anos.

O Estatuto

Em 1º de outubro de 2003, foi criado o Estatuto do Idoso perante a Lei n° 10.741, onde o idoso tem atendimento preferencial no Sistema Único de Saúde (SUS). A distribuição de remédios aos idosos, principalmente os de uso continuado (hipertensão, diabetes etc.), deve ser gratuita, assim como a de próteses e órteses. Os planos de saúde não podem reajustar as mensalidades de acordo com o critério da idade.

Os maiores de 65 anos têm direito ao transporte coletivo público gratuito. A carteira de identidade é o comprovante exigido.

Nenhum idoso poderá ser objeto de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão. Quem discriminar o idoso pode ser condenado e a pena varia de seis meses a um ano de reclusão, além de multa. Todo idoso tem direito a 50% de desconto em atividades de cultura, esporte e lazer.

Revista Femme nº03

Reposição Hormonal


Renata Giovanelli

Quando a mulher pára de menstruar, seu organismo deixa de produzir os hormônios femininos chamados estrogênio e progesterona. Isso causa diversas alterações e reações físicas e emocionais, como calor, pouca lubrificação vaginal, enfraquecimento dos ossos, aumento da quantidade de colesterol no sangue, concentração de gordura na região abdominal, alteração de humor e irritação.

Embora a faixa de idade varie de acordo com as características de cada mulher, a menopausa ocorre geralmente após os 42 anos e apenas é estabelecida quando a mulher deixa de menstruar durante um período contínuo de um ano. Durante esses 12 meses de transição, a mulher passa pelo chamado climatério, que é a fase onde a produção de hormônios começa a diminuir.

A polêmica

Para reduzir os efeitos da menopausa, especialistas começaram a desenvolver diferentes terapias de reposição hormonal, baseadas na prescrição de hormônios sintéticos que substituem a progesterona e o estrogênio.

Mas embora a reposição hormonal esteja ganhando cada vez mais adeptas, pesquisadores também alertam para os riscos desta terapia. Em abril 2002, por exemplo, foi publicado um estudo feito com mais de 16 mil mulheres, entre 50 e 79 anos, pela Women's Health Iniciative (EUA), mostrando que a combinação de remédios utilizados na reposição hormonal aumentam consideravelmente as incidências de derrame (41%), ataques cardíacos (29%) e câncer de mama (26%) nas mulheres que utilizam o tratamento. “Essa pesquisa alertou a classe médica. Mas ela veio para ajudar e mostrar que não é toda mulher que pode fazer a reposição hormonal e que o tratamento é individualizado”, explica o ginecologista Dr. Roberto César Forte.

Indicação do tratamento

Para saber se a mulher pode fazer a reposição hormonal, o médico ginecologista, além do exame clínico e análise da mamografia, pede à paciente que faça um exame de sangue para verificação de sua dosagem de hormônio, além de verificar os sintomas. A partir desses dados, indicará o tratamento mais adequado de reposição hormonal. “Primeiro é preciso avaliar a massa óssea da paciente para verificar sua tendência à osteoporose; depois, considerar seus anseios e metas de vida que poderão ser prejudicados pela privação de estrogênio, se tem ou não atividade sexual e, finalmente, se tem ou não útero. Esses dados ajudam a balizar a necessidade de reposição hormonal e, caso ela exista, se devemos combinar estrogênio com progesterona ou só administrar estrogênio”, revela Dr. Roberto.

Na opção de realizar o tratamento, ele pode ser feito de diferentes formas: via oral, por adesivos grudados na pele ou até por spray nasal. E conforme explicado pelo médico, os resultados variam de paciente para paciente.

A recepcionista Rosana Maria Vera Santos aprova o tratamento e garante que nunca teve problemas com a reposição hormonal. “Já tomo há seis anos os comprimidos, e me sinto ótima, jamais tive nenhum tipo de problema com os hormonais sintéticos”, afirma ela, que freqüentemente faz o acompanhamento médico.

Porém, Dr. Forte lembra que, quando a mulher não tem útero, a reposição hormonal pode ser feita somente com o estrogênio. “Não é necessária a combinação dos dois hormônios, já que a mulher não possui mais o útero. Essa terapia não foi condenada pelo estudo americano, que foi realizado com uma dose e hormônios específicos”, informa o ginecologista.

A dona de casa Matilde Vicente Pinto, que há 12 anos teve que retirar o útero e os ovários, começou a fazer a reposição hormonal pelo adesivo, mas não se sentia bem. “Tinha insônia, agitação e vivia com dores de cabeça. Sem falar que desenvolvi uma alergia no local do adesivo e tive que suspender seu uso”, revela. Mesmo assim, Matilde trocou de método e começou a tomar os comprimidos, que não atrapalharam no bem-estar, mas interferiram em outro aspecto. “Com o comprimido passei a me sentir bem, mas meu cabelo começou a cair e a médica decidiu suspender o tratamento imediatamente”, conta a dona-de-casa, que hoje aprendeu a conviver com os sintomas da menopausa.

Antecedentes

Pra quem já teve caso de câncer na família, principalmente o de mama, a reposição hormonal é contra-indicada. “Uma paciente de alto risco para câncer de mama não pode receber a reposição hormonal clássica. Por isso, existem outros meios de diminuir os sintomas da menopausa. Acredito que será desenvolvida uma terapia de reposição hormonal direcionada a receptores específicos e com menores efeitos colaterais. Ela visará prevenir o desconforto causado pelos sintomas da menopausa e dará proteção contra algumas doenças, como o câncer de mama, por exemplo”, informa Dr. Roberto.

Soja

Muitas mulheres que faziam reposição hormonal, quando tomaram conhecimento do estudo americano, suspenderam o tratamento e optaram pelo uso de estrógenos naturais derivados da soja. Mas ainda não há estudos comprovando que os estrógenos naturais, ou isoflavonas, não possam provocar os efeitos colaterais produzidos pelo estrógeno medicamentoso.

Foi o que ocorreu com a técnica de enfermagem Maria Isidora Flaibam, que fazia reposição hormonal antes de saber da pesquisa e depois por opção própria resolveu parar com o tratamento. “Fiquei com medo, a reposição é uma faca de dois gumes. Resolvi suspender a reposição e conviver com os efeitos da menopausa”, diz.

O estilo de vida também contribui para minimizar os efeitos do climatério. “Sabemos que as mulheres orientais ingerem soja diariamente e têm uma menopausa mais tranqüila, com menos sintomas desagradáveis e menor incidência de câncer de mama. No entanto, é preciso registrar que elas recebem outro tipo de orientação religiosa e psíquica”, ressalta Dr. Roberto.

Segundo ele, a prática de esportes pode ajudar a minimizar os efeitos da menopausa, principalmente os esportes aeróbicos de impacto, como o andar “trotando” (quase uma corridinha), porque favorecem o aumento da massa óssea e ajudam a melhorar a auto-estima. Deve-se reduzir a ingestão de calorias e aumentar a de frutas, legumes e cálcio visando a reposição adequada de massa óssea. “Recomendo também que as mulheres participem de movimentos sociais e alarguem seu círculo de relacionamentos. São mudanças simples no estilo de vida que podem beneficiar quem não quer fazer a reposição hormonal com remédios”, finaliza.


Thursday, September 21, 2006

Revista Femme nº02

Marketing Pessoal,
Você é o seu produto!


Por Renata Giovanelli

Em época de acirrada competição e escassos empregos, encontram-se disponíveis no mercado inúmeros profissionais com grande capacitação técnica, fluência em vários idiomas, cursos de especialização e MBA’s. Com isso, as empresas ficam na difícil situação de decidir qual profissional escolher. E é aí que entra o marketing pessoal, aquela famosa “diferença”.

Hoje em dia, a imagem de uma pessoa é seu maior patrimônio. Ela abre portas e torna você conhecida e famosa. Não é de um dia para o outro que se constrói e consolida uma imagem vencedora e idônea. São necessários anos de desenvolvimento, bom desempenho e sociabilidade para ser uma pessoa bem vista e aceita. No entanto, não basta viver de aparências e ficar só no marketing, é preciso ter conteúdo de qualidade e ser autêntico e verdadeiro.

O grande desafio do marketing é criar marcas fortes que vão ao encontro das necessidades e desejos dos consumidores e, por essa via, possam aspirar uma vida longa. Se assim acontece com os produtos e os serviços, da mesma forma acontece com as pessoas.

De acordo com a consultora Regina Aparecida Assim Antunes, marketing é toda ação que gera uma possibilidade de venda e marketing pessoal é toda ação que possibilita a uma pessoa atingir o sucesso. É uma ferramenta estratégica essencial no processo de se conduzir com sucesso uma marca pessoal no mundo atual em que vivemos. “Quando há dois candidatos para uma vaga, aquele que melhor vender a sua imagem consegue o emprego, por isso é bom estar preparado”, comenta Regina, que leciona marketing pessoal no Senac de Campinas e faz parte da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da PUC-Campinas. Ela reforça que na dose certa e de forma planejada, é possível criar e desenvolver uma imagem coerente e consistente que dê visibilidade necessária para que uma pessoa se transforme em uma referência no seu ambiente.

O sucesso

Existem pessoas que nasceram fadadas ao sucesso e vendem sua imagem como ninguém, e aquelas que são competentes, sem serem reconhecidas. Isso ocorre porque não basta mostrar competência, mas também "vender" a sua imagem. “Não basta que você seja bom, é preciso que muitas pessoas saibam que você é bom. Divulgar a sua imagem é fazer o marketing pessoal. Quem não é visto, raramente é lembrado. Mas não basta ser visto. É preciso que as pessoas vejam você de maneira a gravarem a sua imagem na memória de uma maneira simpática, agradável e duradoura”, revela Regina.

De acordo com a especialista, o marketing pessoal não é só uma capa externa, ele está sustentado em três pilares: aparência bem-cuidada, comportamento correto e habilidade de relacionamento interpessoal. “Assim como acontece com qualquer outro produto, o profissional precisa se expor no mercado. Nessa competição, as chances de sucesso ficam com aqueles que, além de bem-preparados na área em que atuam, sabem expor sua habilidade, talento e competência”, avalia a consultora.

Em todo processo de desenvolvimento pessoal é importante preservar as características pessoais, evitando a busca de ser aquilo que não somos. O primeiro passo é construir uma auto-imagem positiva e otimista. As pessoas esquivam-se daqueles que estão sempre mal humorados ou torcendo para tudo dar errado. Demonstre iniciativa, persistência e motivação em tudo que faz. “Para melhor vender o seu talento e a sua capacidade, o profissional terá muito mais facilidades e portas abertas cuidando de sua apresentação pessoal. O importante é não se esquecer, entretanto, de que a imagem nunca substituirá o conteúdo. Sem ele, nenhum profissional se sustenta na empresa”, comenta Regina.

Ter uma rede de amigos é outro ponto que a consultora considera ser importante.“Encontre pessoas, converse com as pessoas. Faça contato, onde quer que vá e seja lá o que estiver fazendo. Todas as pessoas são importantes ou um dia serão importantes. Trate todos com educação”, diz Regina. Além disso, ela afirma que o bom senso é uma qualidade na apresentação pessoal e, como nas estratégias do marketing tradicional, todo produto necessita de uma boa embalagem. “A aparência vale muito, pois a primeira impressão é a que fica. A pessoa elegante é bem vista e bem lembrada. Portanto, cuide da sua comunicação, leia bastante para estar sempre bem informado e não esqueça de sua aparência. Saber um pouco de etiqueta só vai favorecer e não descuide de sua apresentação pessoal, pois você é o seu cartão de visitas”, diz.

Outro ponto importante para quem quer ser eficaz no marketing pessoal é o conhecimento da dimensão humana e seu aprimoramento pessoal. “Para realizar um marketing pessoal gratificante é necessário saber utilizar, de forma coerente e consistente, as novas tecnologias, a mídia e o marketing como ferramentas estratégicas, valorizando a imagem que se pretende transmitir. Ele promove o autoconhecimento, ajudando assim o desenvolvimento da auto-imagem e a auto-estima”, revela a psicóloga e professora da PUC-Campinas Rita Maria Manjaterra Khater.

Segundo ela, o profissional deve construir uma marca pessoal no universo onde atua, sendo essa a sua principal ferramenta para se posicionar diante dos desafios. “A primeira coisa a fazer é saber se você gosta daquilo que faz, e do ambiente em que se encontra”, aconselha. “O marketing pessoal não é apenas divulgar uma melhor imagem de nós mesmos, mas sim nos tornarmos pessoas melhores. Reconhecermos nossas deficiências e investirmos fortemente em nossas qualidades. É um trabalho essencial tanto na vida pessoal como profissional, pois gera um equilíbrio na vida da pessoa”, conta a psicóloga.

As Mulheres

No caso específico das mulheres, é possível dizer que nós estamos nos mostrando cada vez mais bem-sucedidas. Nos dias de hoje, a construção do sucesso da mulher está marcada pelo marketing pessoal de cada uma, seja no ambiente familiar ou profissional. “É isso que une cada vez mais a sociedade e são as nossas metas, pois ao contrário do homem, a mulher se dedica de corpo e alma aos objetivos porque quer provar a si mesma sua capacidade de realização pessoal em seu ambiente”, revela a diretora de Marketing, Comunicação e Eventos da Metrocamp, a professora Sílvia Coelho.

Estudos nos quatro cantos do mundo mostram que as mulheres são naturalmente mais aptas a trabalhar em grupo e tendem a colaborar com mais afinco para a produção de resultados coletivos. Mas numa era da sociedade de informação e da sociedade de conhecimento, a discriminação sexual ainda é uma forte barreira. “Parece-me indiscutível que, nas próximas décadas, as ações da mulher nas decisões, sejam profissionais ou pessoais, se dirigirão fortemente para a formação pessoal e a melhoria da qualidade de vida aliada à independência econômica. Um exemplo é a presidente da HP, Carly Fiorina, que é a única mulher na lista dos 25 executivos mais poderosos do planeta”, informa Sílvia.

Um aspecto a ser salientado é o perfil dos próximos anos do profissional homem e mulher: Senso crítico, criativo e curioso, domínio de tecnologias e comunicação, trabalho em equipe, equilíbrio pessoal, flexibilidade e organização de tempo. Nesse sentido, o marketing pessoal é uma marca individual, reconhecida por um talento que tem um significado, através da credibilidade de seu trabalho, registrado através de habilidades e competências adquiridas por diversos fatores.

As mulheres são a força motriz mais vital do capitalismo. Elas possuem maior equilíbrio e por isso estão definitivamente superando barreiras. “Hoje isso é uma realidade que estamos sentindo no Brasil e no mundo com muita tranqüilidade. De qualquer forma tenho como lema na minha vida ou no meu marketing pessoal, o trabalho balizado pelo amor e pela lealdade”, finaliza a diretora.

Revista Femme nº01

Multifuncionais

A jornada feminina não é fácil. É preciso ter muito “jeitinho” pra driblar a correria do dia-a-dia. Veja como essas mulheres conseguiram conciliar a família feliz com uma carreira de sucesso!


Por Renata Giovanelli

Mulher filha, mulher esposa, mulher mãe, mulher profissional. Seja qual for a atuação, o esforço é inevitável. E não é fácil. Durante décadas a mulher foi exclusivamente “a rainha do lar”, onde dedicava a sua vida ao trabalho doméstico, educação dos filhos e os cuidados com o marido. Os tempos mudaram. A mulher moderna passa maior parte do seu tempo fora de casa e, mesmo assim, consegue administrar seu lar a longa distância. Quando o “sexo frágil” decidiu sair às ruas em busca da igualdade, sabiam que para conseguir seu espaço no mercado de trabalho teriam de percorrer um longo caminho e romper muitas barreiras. A primeira foi a do preconceito.

Pesquisas mostram que a participação da mulher no mercado é um número em constante crescimento. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada da Universidade de São Paulo (IPEA/USP), as mulheres já são 38% do total de médicos, 36% dos advogados, juízes e promotores e mais da metade (53,5%) dos arquitetos do país. As trabalhadoras ganharam espaço até mesmo nos redutos mais masculinos, como as linhas de montagem de montadoras, metalúrgicas e indústrias químicas. Entre 1985 e 1997, a presença das mulheres neste setor cresceu 1,3% ao ano. Já nos cargos de chefia, só nos últimos dois anos aumentou em 30% o número de mulheres atuantes, com destaque nas áreas de gerência de marketing, setores administrativos, recursos humanos e telemarketing. Além disso, nos anos 90, a proporção de mulheres entre os brasileiros com trabalho nos seis principais centros urbanos aumentou de 38,04% para 40,88%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E, só no ano passado, 67 mil mulheres entraram no mercado de trabalho, o que representa um acréscimo de 9,6% à População Economicamente Ativa (PEA).

Razão e Sensibilidade

Trabalhar com uma mulher pode ter muitas vantagens. Elas são mais intuitivas, procuram manter relações interpessoais com seus subordinados e quando estão no comando sabem usar a palavra certa, no momento certo. As pesquisas de liderança mostram que elas já superam os resultados obtidos pelos homens no mundo dos negócios, pois têm mais habilidade de lidar com sistemas onde não existem hierarquias, numa época em que organizações horizontalizadas se tornam cada vez mais comuns.

Esse mundo é retratado cada vez mais nos nossos dias. Prova disso é o recente sucesso do seriado norte-americano "Sexy and The City" e de livros no estilo "Bridget Jones". Todos mostram mulheres que alcançaram sucesso profissional, tornando-se brilhantes executivas, mas que, no entanto, ainda sonham em encontrar o príncipe encantado.

Esse é um dos sonhos da cirurgiã plástica Dr. Kátia Haranaka, de 37 anos, que, dona de conceituada carreira e sucesso, espera encontrar sua alma gêmea. Com uma cartela de 12 mil pacientes - que inclui a amiga pessoal Elba Ramalho e muitas primeiras-damas da região - a médica, que atende cerca de 100 pessoas por dia, sente dificuldade de encontrar um parceiro que aceite seu ritmo de vida. “Absolutamente todos os meus compromissos são agendados, inclusive sair para namorar, e muitos homens não sabem lidar com esse destaque profissional ou a minha independência. Mesmo assim, ainda espero encontrar esse companheiro”, conta. Famosa não só em Campinas, mas como por todo o Brasil, a cirurgiã divide a correria de sua vida profissional com as duas filhas, de 06 e 08 anos de idade. “No começo não foi fácil, mas o tempo foi ficando cada vez mais curto e tive que me adaptar com a rotina de só vê-las no período da noite. Todos os dias elas me esperam pra gente poder conversar”, revela.

Persistência e Compreensão

Abrir uma empresa não é nada fácil e exige uma dedicação ilimitada, capaz de deixar, temporariamente, a família em segundo plano. Foi exatamente o que aconteceu com a empresária Geisa Dulce Costa, de 44 anos. Há oito anos ela e o marido montaram a empresa Ledluz, hoje umas das mais conceituadas empresas de iluminação de ambiente em Campinas. “Meu marido trabalhava na área há 24 anos e havia perdido o emprego, então resolvemos juntar forças. Eu nunca tinha trabalhado fora antes, foi uma mudança bem grande na minha vida”, conta.

Apesar de não ter curso superior, Geisa conta que não foi difícil aprender a comandar a empresa, e hoje é a diretora financeira. “Meu marido ficou com a parte das compras e eu com as contas, mas não foi fácil, no começo tive que abrir mão de muitas coisas, já que trabalhava 14 horas por dia, sem finais de semana e nem feriados”, lembra.

A empresária garante que mesmo com o volume grande trabalho, sua maior dificuldade foi ter que deixar a filha mais nova, na época com 10 anos, em casa. “Ela estava acostumada comigo e de repente eu não podia mais estar presente 24 horas. Ela teve que se acostumar a me dividir com a empresa e me machucou muito, mas aquele esforço era necessário para construir uma nova vida”.

Dedicação e Equilíbrio

Afastar-se dos filhos também é a principal preocupação da doutora Lara Andréa Crivelaro Bezzon que, aos 35 anos, tem três filhos, um de 06 e dois meninos, gêmeos, de 03 anos de idade. “O difícil é conciliar a família, os filhos e a carreira. É o que venho tentando, o que me ajuda bastante é saber que posso contar com o meu marido”, confessa.

Dr. Lara é formada em Ciências Sociais pela Unicamp, e realizou Mestrado e Doutorado em Sociologia. Entre 1992 e 1995, ela participou de pesquisas desenvolvidas pelo CEBRAP (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) e NUPES (Núcleo de Pesquisas sobre Ensino Superior) na USP, período em que Lara pôde trabalhar com a Dra. Ruth Cardoso, esposa do ex-presidente da república Fernando Henrique Cardoso (1994-2000). “Foi muito gratificante trabalhar com ela. Pude acompanhar sua transformação em primeira dama do país e fiz dela meu grande exemplo de mulher que concilia compromissos profissionais e família”, conta.

Apaixonada por pesquisas e estudos, Lara assumiu, em 2001, a coordenação do curso de Publicidade e Propaganda na UNIP de Campinas, e desde 2002 é Coordenadora Geral da Pós-Graduação da Metrocamp, em Campinas. “A mulher tem uma sensibilidade tão grande que é capaz de assumir uma vida cheia de correria e problemas sem afetar o carinho e a satisfação de ser mãe e esposa. É disso que as empresas precisam, é disso que todos precisam”, finaliza.