Friday, October 28, 2005

Tomodati Magazine Edição nº08

A Discussão sobre o peixe

Vereador Paulo Oya e donos de restaurantes de Campinas se unem para esclarecer a população

Por Renata Giovanelli

A falta de informações claras sobre o surto de infecção causado pela ingestão de peixe cru (que provocou temor na população e a redução do consumo de pescados em Campinas) foi o motivo da reunião do dia 28 de abril, no plenário da Câmara Municipal do município. A sessão foi convocada pelo presidente do legislativo, Dário Saadi (PSDB) e pelo vereador Paulo Oya (PDT), que também preside a Associação Okinawa Kenjin de Campinas. Na ocasião, também participaram a coordenadoria da Vigilância Sanitária da cidade e os proprietários de restaurantes japoneses.

Segundo o vereador Paulo Oya, a iniciativa dele e de outros nikkeys em realizar a reunião se deu para que a população campineira saiba, realmente, o que está acontecendo. “Sempre comi peixe cru e nunca fez mal e também não conheço ninguém que teve algum tipo de problema em relação a isso. Por esse motivo e por causa da minha ligação direta com a cultura e a culinária japonesas, resolvi ajudar a divulgar a verdade sobre essa parasitose”, afirma.

A Coordenadora da Vigilância Sanitária, Salma Balista, garante que não existe qualquer possibilidade de epidemia e que as pessoas não devem parar de consumir peixe. “Não existe motivo para pânico, nem sempre um surto quer dizer que é grave. A difilobotríase foi colocada como surto justamente porque não é uma coisa habitual. Além disso, existem outras parasitoses muito mais graves, como a da carne suína, que pode até levar à morte”, esclarece.

No dia 12 de abril os diretores técnicos do Centro de Vigilância Sanitária (CVS) e do Centro de Vigilância Epidemológica (CVE) da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde publicaram um comunicado sobre a tênia do peixe (como é conhecida a difilobotríase) esclarecendo que os pescados cozidos, fritos, assados ou congelados (por pelo menos sete dias a -20ºC ou a -30ºC por 15 minutos), não trazem risco para o consumidor.

Ainda segundo o informe, entre março de 2004 e março de 2005, foram notificados 28 casos (18 este ano). “Se considerarmos o grande público que freqüenta os restaurantes japoneses, o numero de casos é irrisório, pois atendemos centenas de clientes por mês”, atesta o proprietário do restaurante Daitan, Kendi Matuzita.

Mesmo assim, com a notícia do surto, o consumo de peixe caiu drasticamente, e os mais afetados foram os restaurantes japoneses. Segundo o proprietário do Yaki-Ten Restaurante & Eventos, Roberto Moriya, o movimento do restaurante caiu cerca de 40%. “A população está desconfiada com medo de ir ao restaurante, mas eles esquecem que também oferecemos pratos quentes”, pondera.

Origem do surto

Outra informação desencontrada é a de que o salmão é o maior responsável pela transmissão da doença no Brasil, embora nenhum órgão público tenha provas dessa afirmação. De acordo com o informe da Vigilância Sanitária, "quase todo salmão fresco consumido no Brasil é importado do Chile, mas a hipótese de contaminação do peixe chileno ainda não foi confirmada".

Em 2004, o Brasil importou 10.633 toneladas de salmão fresco do Chile e 2.317 toneladas entre janeiro e fevereiro de 2005. Além do Chile, o Brasil também importa essa espécie de peixe, em pequena quantidade, da Argentina e de alguns países da União Européia, mas, para entrar no país, o pescado deve ter certificado emitido pela autoridade sanitária dos exportadores.

Em nota divulgada no último dia 14 de abril, a Embaixada do Chile garantiu que os peixes frescos exportados para o Brasil, criados em cativeiro, não correm risco de con-taminação pelo parasita Diphyllobothrium latum porque seriam alimentados apenas com ração, que não inclui o crustáceo que pode hospedar o parasita da tênia do peixe.

Preocupação

A Associação Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) preocupa-se agora com a queda do consumo de peixe no Brasil, já que o país consome menos peixe do que é recomendado. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), os brasileiros consomem apenas 6,8 quilos de peixe por ano, sendo que o valor recomendado é de 13 quilos no mesmo período.

Os peixes são uma rica fonte de aminoácidos essenciais, vitaminas e minerais e possuem proteínas com valor nutritivo superior ao das carnes vermelhas. “Não queremos que a população diminua ainda mais o consumo, por isso a nossa intenção é conscientizar a população de se alimentar de forma segura”, enfatiza a médica da Vigilância Sanitária Maria Filomena Villas.

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Kátia Mariko Haranaka, 37 anos

Uma mulher de princípios bem definidos, com voz de comando e liderança nata. Estas são algumas das características marcantes da médica Kátia Mariko Haranaka. Sinceridade e honestidade fizeram dela uma das maiores autoridades em cirurgia plástica e tratamento de pele no Brasil. Hoje, além de cirurgiã, Dra. Kátia é especialista em peeling de maçã, prótese, lipoaspiração, rinoplastia e cirurgia de pálpebra. Seu objetivo é “transformar a cirurgia estética em uma verdade, com médicos sérios”.

Por Renata Giovanelli

Nascida em Tupã, interior de São Paulo, a filha de um comerciante e de uma cabeleireira teve uma infância humilde e com alguns obstáculos, mas isso não a atrapalhou de viver grandes momentos e guardá-los como recordações dessa época. “Nunca tive tempo difícil, porque sempre estive buscando realizar os meus objetivos, sonhos, minhas vontades. Mas Tupã me faz lembrar de cidade do interior e aquela vida tranqüila, com as amizades, as brincadeiras, tudo foi muito gostoso”, relembra.

A paixão pela medicina começou cedo e, aos sete anos de idade, Kátia já havia decidido que se tornaria médica. “Sempre gostei. Tinha e ainda tenho uma admiração muito grande pela profissão, sem falar que gosto das coisas difíceis, e esse era um desafio para mim”, revela.
A cultura oriental fez parte de seu crescimento, já que a família sempre esteve envolvida dentro da colônia japonesa. Kátia lembra com carinho dos tempos em que ela e sua irmã freqüentavam um grupo budista de jovens. “Sempre convivi com a cultura oriental, mas naquele lugar tive oportunidade de aprender mais sobre a filosofia de vida, e hoje procuro manter alguns princípios que acho importantes, como a honestidade do caráter”, comenta.

Em busca do sonho

Com as dificuldades financeiras da época, pagar uma faculdade de medicina era inviável para a família de Kátia, mas isso não a fez desistir de seu objetivo. Aos 17 anos ela buscou a ajuda de um tio que se propôs a realizar seu sonho. Assim, quando estava para iniciar o 3º Colegial (hoje terceiro ano do Ensino Médio), a jovem foi para São Paulo (capital) morar na casa do tio e estudar no Colégio ETAPA, integrado com o Cursinho pré-vestibular. O investimento deu certo e, em 1987, Kátia Haranaka veio para Campinas, onde começou a estudar Medicina na PUCCAMP.

Quando estava no segundo ano, seu tio veio a falecer e ela teve que batalhar por uma bolsa de estudos para não ter que parar a faculdade. “Consegui um crédito na Caixa Econômica de 100%, onde você pagava depois de formada. Foi o que eu fiz”, conta. Ao terminar a residência, a agora doutora Kátia se associou a um professor da universidade para trabalhar como cirurgiã estética, e, paralelamente, foi se especializando em tratamento de pele. “Como os tratamentos convencionais não adiantavam na minha pele, fui buscar conhecimento para conseguir ajudar a todos os tipos de peles”, confessa.

Após três anos a nikkey passou a trabalhar em seu próprio consultório, já que o lugar onde estava ficou pequeno demais para a quantidade de pacientes que a médica havia conquistado. Hoje Dra. Kátia conta com 15 funcionários e mais duas médicas para atender seus 12 mil pacientes.

A família

Muito ligada à família, Kátia conta que no começo de sua jornada não foi fácil ficar longe, mas depois que se fixou em Campinas ela resolveu buscar todo mundo para vir morar na mesma cidade. “No começo foi difícil ficar longe da família, mas isso acabou mudando quando trouxe pra cá a minha irmã e a minha mãe. Só está faltando o meu pai mas logo logo ele vai estar aqui também”, torce.

Seu pai, que é japonês, voltou ao Japão quando se separou de sua mãe e hoje rabalha com os dekasseguis que estão em exercício no país oriental. “Ele organiza churrascos e festas de confraternização pra quem está lá. Tenho uma relação muito boa com o meu pai, ele vem nos visitar de dois em dois anos”, conta a doutora, que no ano passado foi conhecer a terra do sol nascente.

Divorciada, Kátia mantém uma ligação muito forte com suas duas filhas (de 06 e 08 anos), alegando que, apesar do pouco tempo por conta de sua agenda sempre lotada, os momentos são vividos intensamente. “Eu prezo a qualidade e não a quantidade. Já que não estou 24 horas à disposição delas, os nossos momentos são só nossos, não deixo nada interferir. Não adianta me procurar”, confessa.

Apesar da família estar como uma de suas prioridades, Kátia revela que não esquece de sua dedicação individual. “Preso o momento que vou cuidar de mim, Kátia mulher. Isso é muito importante, pois algumas mulheres se esquecem delas mesmas e se doam inteiramente para a família. Você tem que se colocar em primeiro lugar, se amar incondicionalmente para depois amar os outros”. Assim, a cirurgiã dedica um espaço de seu tempo para prática de equitação, cuidados com o corpo e a mente.

Os segredos do sucesso

A busca em destacar e harmonizar a beleza individual de cada um fez de Kátia Haranaka uma das mulheres mais poderosas da medicina estética nacional.

A médica confessa que, por ser capricorniana, gosta das coisas com resultados rápidos e objetivos. Sempre analisa muito bem os casos de cada paciente, para que a possibilidade de errar seja mínima. “Só coloco as minhas mãos onde tenho certeza de que vai dar certo, não posso trabalhar com a dúvida. A plástica pode servir para o bem ou para o mal, por isso você tem que ter certeza daquilo que está fazendo”, declara. Conhecida por sua sinceridade e honestidade, a cirurgiã diz que pesquisa todos os métodos novos de tratamento e só recomenda aquilo que já testou nela mesma. “Se serve pra mim e é confiável eu recomendo aos outros, se não, já falo logo que não presta”, enfatiza.

A cirurgia é ponto forte de seu trabalho, sendo a das pálpebras uma das mais cotadas pelos pacientes. A agenda extremamente lotada faz com que a médica nikkey reserve dois dias da semana para realizar cirurgias para que, nos demais, ela possa atender cerca de 100 pacientes por dia. ”Gosto de ver todos os meus pacientes esporadicamente, mesmo que eles não estejam fazendo algum tratamento na clínica, por isso confesso que sou conhecida por atrasar as consultas!”, brinca.

O consultório da nikkey, de nome “Centro Integrado Dra. Kátia Haranaka", tem como símbolo a Flor de Lótus. Dra. Kátia explica que a planta tem um significado especial no hinduismo, pois simboliza a pureza e beleza, além de ser uma flor que brota das águas lamacentas, mostrando que o que é bonito pode emergir nas mais difíceis e obscuras circunstâncias. “A Lótus foi escolhida para representar nossa maneira de trabalhar e de nos relacionar com nossos clientes, sempre de forma transparente e buscando um contínuo aperfeiçoamento”, revela, abrindo que seu maior triunfo está na felicidade de seus pacientes e funcionários. “As pessoas se tornam bonitas quando estão felizes. É isto que importa”, finaliza.

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LIPO OU PLÁSTICA?

Os procedimentos disponíveis no mercado para se obter o corpo “ideal”

Por Renata Giovanelli

Toda mulher (e cada vez mais os homens) desejam eliminar aquela "gordurinha” e “barriguinha" indesejáveis. Em alguns casos a lipoaspiração resolve o problema, mas em outros, somente uma cirurgia plástica poderá dar aquele resultado do corpo perfeito tão sonhado.

A lipoaspiração é a cirurgia estética mais temida (por causa do enorme instrumento de sucção que era utilizado antigamente) e, ao mesmo tempo, a mais desejada. Apesar de ser uma técnica recente, inventada pelo francês Illouz em 1983, a lipoaspiração apresentou grande desen-volvimento nesses 22 anos de existência, passando a ser a cirurgia plástica mais realizada em todo mundo, além de possuir o menor índice de complicações. Atualmente, a lipo pode ser feita no abdômen, culote, quadril, ventre, interior das coxas, interior dos joelhos, braços, queixo duplo, entre outras regiões do corpo.

Ao contrário do que se pensa, a lipoaspiração não é feita para emagrecer, mas sim para remodelar o corpo, retirar a gordura localizada e mudar o contorno corporal. “A mudança na balança após a cirurgia não é tão grande quanto a aparente perda de peso que a paciente apresenta no pós-operatório”, afirma o cirurgião plástico Dr. Ciniti Sakata.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o limite de segurança para retirada de gordura fica em torno de 7% do peso corporal. “Por isso as pessoas indicadas a fazer lipo são aquelas que estão próximas ao peso ideal e que apresentam gorduras localizadas de difícil perda com dietas. Além disso, a lipo não retira o excesso de pele que sobra após a aspiração, e acaba não sendo indicada para abdômens muito flácidos”, informa o médico.

Existem diversos tipos de lipoaspiração: desde a tradicional até a realizada a laser. Outras opções são a lipoaspiração com ultra-som, vibrolipossucção e lipo tumescente. O que difere cada uma delas é basicamente a técnica empregada para facilitar a retirada da gordura.

De acordo com Sakata, o tempo de cirurgia depende do volume a ser aspirado. “A lipoaspiração abdominal simples, sem cintura, leva de uma a duas horas. Já a completa demora até três horas. A anestesia geralmente é a peridural (aplicada na medula), podendo ser utilizada a geral em alguns casos”, conta.

Os cuidados pós-operatórios recomendam o uso de cinta cirúrgica durante dois meses, e drenagem linfática para reduzir o edema e evitar ondulações na pele. Os resultados definitivos levam cerca de três a quatro meses para aparecer. “Esse é o tempo necessário para os tecidos desincharem e ocorrer a total retração da pele, que tende a ficar um pouco flácida logo após a retirada da gordura”, alerta o cirurgião.

Abdômen

Em certos casos, uma dieta para eliminar o excesso de peso, associada a exercícios para fortalecer os músculos, é suficiente para deixar o abdômen em forma. Para muitas pessoas, no entanto, esses cuidados não conseguem garantir uma barriga reta e sequinha. Isso acontece nos casos em que existe flacidez de pele acentuada, impossível de se corrigir apenas com ginástica, ou quando, mesmo após perder peso, a pessoa continua com acúmulo de gordura na região. Aí entra a cirurgia.

Na prática, a plástica de abdômen, ou abdominoplastia, é a cirurgia que retira a gordura e a pele excedentes da região do abdômen. O procedimento é realizado através de um corte que, dependendo do volume da barriga, vai de uma crista ilíaca (osso da bacia) até a outra. Dr. Sakata explica que essa técnica é indicada para pessoas que possuem abdômen muito grande e flácido, onde não basta somente diminuir o volume de adiposidade da barriga, é necessário que a pele excedente seja esticada e cortada. “Também hoje é utilizada a lipoabdominoplastia: uma cirurgia “dois em um” que retira o excesso de gordura do abdômen inferior, do superior ou das duas regiões; mas, além disso, retira também o excesso de pele, eliminando a flacidez”, garante.

A recuperação da plástica leva em torno de seis e sete meses. A cicatriz (diferente da lipo, que é quase imperceptível) é posicionada de forma a ser escondida pelo biquíni.

Homens

As mulheres não são as únicas a sofrerem com problema de gordura localizada e flacidez. Alguns homens também têm tendência a acumular gordura, principalmente na região do abdômen. Sakata afirma que, apesar de ainda representarem menos de 10% do pacientes, nos últimos dez anos a procura de homens pela cirurgia plástica aumentou cerca de 30%. “As plásticas que eles mais procuram são a lipoaspiração, a cirurgia de pálpebras e a de nariz. Hoje em dia é uma coisa mais comum o homem fazer cirurgia, ele está assumindo a sua vaidade e cada vez mais se insere nesse mercado ”, finaliza o especialista.

Thursday, October 27, 2005

Tomodati Magazine Edição nº07

CUIDANDO DOS PÉS E DAS MÃOS

Por Renata Giovanelli

Cuidar dos pés e das mãos deve ser um hábito exercido durante o ano todo. Esfoliação, creme hidratante e filtro solar não devem ser atividades feitas somente na época do verão. Pelo contrário, com a entrada do outono e a aproximação do inverno, as mãos e os pés devem receber uma atenção especial.

Embora pouco apreciados por alguns, os pés são de grande importância para o corpo. Além de responsáveis pelo nosso caminhar, são a base de nossa estrutura física e emocional. Pés doloridos e mal cuidados prejudicam o desempenho profissional e intelectual.

Para a medicina oriental, o pé e a mão são as áreas de terminação dos feixes de energia que passam por todos os órgãos do corpo. A reflexologia (estudo que trata dos pés e mãos) usa esses pontos principalmente para prevenção de doenças, além do relaxamento e equilíbrio do corpo.

A higienização também faz parte dos cuidados a serem tomados, uma vez que ambos, sapatos e pés, periodicamente, devem ser bem inspecionados. Segundo a podóloga Aida Lucila Placer, para um maior conforto dos pés, as unhas devem ser aparadas de maneira reta, com cortadores especialmente desenhados para tal, e deixando-as levemente maiores que as pontas dos dedos. “Assim não vai ter problema de unha encravada, o que é muito comum principalmente no inverno, devido ao uso constante de sapatos fechados”, afirma.

Os pés transpiram cerca de 20 gramas por dia, para evitar a propagação de fungos e bactérias. Após a higiene diária é importante dar atenção à secagem, principalmente entre os dedos, para evitar micoses e frieiras. Outra medida é mantê-los, sempre que possível, bem arejados.

Sapatos e Saltos

Os sapatos devem ser limpos internamente, com produtos neutros que não provoquem nenhum tipo de irritação. “É bom lembrar que os sapatos devem descansar no mínimo 24h antes de serem usados novamente. Esta prática permite que os sapatos respirem e sequem devidamente, evitando maus odores e conservando-os por mais tempo”, informa Aida.

A podóloga informa ainda que sapatos inadequados são responsáveis por 90% das doenças dos pés, como calos, joanetes, unhas encravadas e até problemas na postura. Ter em mente este fato na hora da compra significa prevenir o incômodo de pisar sentido dor. “Usar sapatos de bico arredondado, saltos de 4cm de altura e de couro são características básicas de um sapato “saudável”. Optar por meias de algodão e atoalhadas para proteger a pele e manter os pés bem secos também é uma opção”, comenta.

Aida ainda alerta que as pessoas que sofrem de diabetes devem ter um cuidado redobrado com os pés. A doença diminui a sensibilidade na região e dificulta a cicatrização de feridas que podem resultar até mesmo em uma amputação. “Como a pessoa não sente, ela vai cortando as cutículas, acaba tirando bifes e não vê. Isso pode ser muito perigoso, pois o pé inflama e para cicatrizar é um processo muito difícil e demorado”, explica.

Mãos

As mãos podem demonstrar desde falta de cuidado até indícios de idade avançada. Por isso, elas merecem um tratamento especial, já que estão constantemente expostas a fatores de agressão.

No corpo todo, existem glândulas sebáceas que se misturam com o suor e formam uma emulsão de proteção natural, chamada epicutânea. “Essas glândulas se apresentam em número menor nas mãos, por isso a atenção deve ser redobrada”, informa a dermatologista Márcia Mayko Kobayashi.

O principal cuidado é o uso do filtro solar, já que a exposição ao sol provoca manchas e o envelhecimento precoce. “O ideal é usar um filtro com fator de proteção 15 para o dia-a-dia e 30 na prática de esportes ao ar livre”, afirma Márcia. Segundo ela, usar luvas nas tarefas domésticas também ajuda. “As substâncias químicas do detergente e sabonete agridem a pele, prejudicando seu manto hidrolipídico, que é sua proteção natural”, conta.

De acordo com a dermatologista, a cutícula é outro ponto importante que protege a pele da entrada de agentes bactericidas e fúngicos. O ideal é usar óleos e cremes especiais para amolecê-las, e ao fazer as unhas, apenas afastá-las. “A cutícula é a proteção natural do organismo, por isso só se deve retirar o excesso, ou seja, a pele morta”, explica. Márcia também dá a dica sobre os esmaltes. “Não fique com o esmalte vencido. Além de feio, o esmalte que permanece por mais de uma semana provoca ressecamento e descamação. Você pode até ir à manicure toda semana, mas não deve deixar o esmalte por muito tempo, isso acaba com a beleza da unha”, finaliza.

Que esmalte eu passo?

Por Renata Giovanelli

Assim como as roupas, os esmaltes seguem as cores ditadas pela moda. A cada estação surge uma coleção nova para acompanhar a produção e o estilo de cada um. As cores quentes e intensas vão dividir espaço com tons mais clássicos e delicados. Segundo a manicure e pedicure Simoni Estavas, do Seiryu Hair Make-up, as cores que predominam no outono/inverno são os tons mais escuros, mais sérios. “Geralmente as clientes passam a usar os tons de marrom, vinho e café, mas acho que o rosa antigo e os tons de bege também vão fazer sucesso nesta estação”, arrisca.

Alguns detalhes na hora de fazer os pés e as mãos podem fazer a diferença. No Seiryu Hair Make-up, as pedicures e manicures sempre fazem uma esfoliação e hidratação. “Fazemos uma esfoliação, massagem relaxante e hidratação. Isso relaxa a cliente e o trabalho fica bonito por inteiro”, conclui.


KAMPAI !

Famoso pelo sabor leve e a tradição de ser a bebida oficialmente japonesa, o saquê invadiu bares e restaurantes da região.

Por Renata Giovanelli

Diz a lenda que a fermentação da bebida foi descoberta por acaso. Quando um japonês esqueceu de tampar o tacho de arroz que cozinhara, o arroz acabou mofando. Só depois de alguns dias ele notou que havia ocorrido uma fermentação e o arroz então, transformara-se em uma deliciosa bebida. A falha deste cidadão acabou se transformando em um método de fermentação e os produtores descobriram que o fungo que mofara o arroz era o responsável pela transformação do amido em glicose e fermento. Logo, o fungo ganhou nome “kamutachi” e não demorou muito para que os produtores divulgassem que a bebida era “produzida pelos deuses”.

Em meados do século 5 a.C., no período Nara, “comia-se” o saquê em uma tigela, como um mingau. O arroz era mastigado para fermentar com a saliva e depois cuspido em tachos para iniciar o preparo da bebida. Esse método era chamado de “Kuchikami no saquê”, ou saquê mastigado na boca. Já na província de Hokkaido e em áreas rurais de Okinawa, os fãs da bebida encontraram outras maneiras de “purificar” esse processo, determinando que apenas as jovens mulheres virgens poderiam mastigar o arroz, pois elas eram consideradas representantes dos deuses aqui na terra. Não demorou e a bebida produzida por elas foi batizada de “bijinshu”, que significa “saquê de mulher bonita”.

Até o século XIX o saquê ainda era produzido artesanalmente. Atualmente os grandes fabricantes utilizam métodos industriais e bebida é feita em grande escala. E como os tempos mudam, o “kamutachi” também mudou de nome e hoje é conhecido como “koji”. É ele quem determina o aroma e o gosto do saquê, uma difícil tarefa para os “tojis”, responsáveis pela escolha do fungo que garantirá um sabor ainda mais especial à bebida. O que permanece inabalável, no entanto, é a popularidade do ritual.

Tradição

Beber saquê é um ritual no Japão, e existem várias razões pelas quais a bebida é apreciada, que vão muito além do paladar, sede ou disposição para “encher a cara”. Segundo a tradição, bebe-se saquê para eliminar as preocupações e prolongar a vida. Por causa disso, é de mau gosto chamar de bêbado quem toma saquê de forma exagerada e sai cambaleando de madrugada pelas ruas das cidades japonesas.

Na maioria das ocasiões, o saquê é servido quente em uma temperatura que varia entre 40° e 55° C. Mas ele também pode ser tomado gelado ou misturado a outras bebidas e sucos, originando coquetéis muito interessantes. “Aqui no Brasil ele é servido quente no inverno e gelado no verão e a maneira mais tradicional de servi-lo é em xícaras quadradas de madeira, chamadas “masu”, com uma pitada de sal no canto deste recipiente”, ensina Adauto José Dias, o Maguila, barman do restaurante Daitan.

A tradição manda fazer um brinde, Kampai, esvaziando o copinho num só gole, como sinal de hospitalidade e atenção. Mas rituais à parte, os efeitos “inebriantes” do saquê vão muito além das histórias fantásticas da antiguidade. O saquê é a bebida com mais alta porcentagem de álcool entre os fermentados do mundo. Sem ser diluído, chega à marca de 20% de teor alcoólico, enquanto uma cerveja não passa de 5% e o vinho de 12%. “Mas esta não é uma bebida forte como os destilados; um saquê de boa qualidade possui entre 15% e 17% de teor alcoólico. Ele é envelhecido por seis meses e não deve ser estocado em garrafa por mais de um ano. Depois de aberta, a garrafa deve ser guardada na geladeira e consumida no máximo em duas semanas”, explica Izequiel de Souza Vieira Filho, barman do Yaki-Ten Restaurante & Eventos.

Adaptações

No Brasil, a tradicional bebida japonesa ganhou alguns diferenciais. Ela passou a ser acompanhada de frutas e licores, transformando-se em deliciosos coquetéis. O mais apreciado é a caipirinha de saquê, a saquerinha, como é chamada.

Segundo o barman Antonio Francisco Costa, o “Alemão” do bar Seo Rosa Gramado, o consumo de saquê vem aumentado cada fez mais. “A venda dessa bebida cresceu muito dos últimos cinco anos pra cá. Em uma sexta-feira chego a fazer mais de 200 drinques com saquê”, confessa.

As mulheres são as principais consumidoras das variações da bebida com frutas como: morango, abacaxi, uva, ameixa e melancia. “Cada drinque que criei foi através de testes; um deles é o “Seo Rosa” que vai saquê, suco de laranja, licor de pêssego para adoçar, soda limonada e curaçau blue”, conta Alemão.

Izequiel do Yaki-Ten também criou vários coquetéis com saquê, mas o mais apreciado é o que recebe o nome do restaurante. “Nele vai saquê, kiwi, abacaxi, açúcar e gelo”, diz.

Apesar de os freqüentadores do Daitan consumirem mais o saquê puro, Maguila não deixa sua criatividade de lado. “Temos o Frozen Saquê, que é uma dose de saquê, suco de limão, açúcar, cointreau (licor de laranja) e gelo, bate do liquidificador até dar o ponto e para servir coloca-se curaçau blue em cima”, finaliza.

Serviço: Restaurante Daitan:
Rua Maria Monteiro, 321, Cambuí. Tel: (19) 3251-3600
Seo Rosa Gramado:
Alameda dos Vidoeiros, 455, Gramado. Tel: (19) 3253-1841
Yaki-Ten Restaurante & Eventos:
Av. Prof. Atílio Martini, 192, Barão Geraldo. Tel: (19)3289-5122



SUB-20 JAPONESA VISITA O BRASIL

Em visita ao país pela primeira vez, a seleção nikkey fez amistosos contra times brasileiros

Por Renata Giovanelli

Como parte da preparação para o Campeonato Mundial Sub-20, que será disputado no próximo mês de junho, na Holanda, a seleção japonesa da categoria veio para o Brasil pra disputar uma série de amistosos contra equipes paulistas.

No dia 26 de março a equipe nipônica esteve em Campinas para enfrentar o time B da Ponte Preta, no estádio Moisés Lucarelli, como preliminar da partida entre a Macaca e o Mogi Mirim, pela 15ª rodada do Campeonato Paulista.

Este foi o quarto dos seis amistosos disputados pela seleção Sub-20 do Japão em solo brasileiro. No dia 23 de março, data da primeira partida da série, a seleção japonesa perdeu para o São Caetano por 2 a 1. No dia seguinte, foi à vez do Nacional, onde venceu por 4 a 2. Na sexta-feira, dia 25 de março, o time nissei perdeu de 4 a 1 para o Palmeiras B.

Em Campinas, a seleção japonesa foi recepcionada pelo presidente da Associação Okinawa Kenjin, Paulo Oya, e pelo presidente do Instituto Cultural Nipo-Brasileiro, Tadayoshi Hanada. O evento contou com a torcida pequena, mas bastante animada, da colônia japonesa que foi prestigiar o time.

Apesar da derrota por 6 a 4 contra a Ponte, a seleção japonesa apresentou motivação e persistência durante a partida. “Independente do resultado, deu para aprender muito em relação à técnica e à agilidade dos jogadores brasileiros”, disse Keisuke Honda, jogador do Nagoya Gramps, em entrevista à Tomodati Magazine.

Depois de enfrentar a Ponte Preta B em Campinas, no sábado, a delegação viajou para Araras onde enfrentou o União São João no domingo, dia 27 de março, e empatou em 1 a 1. A turnê foi finalizada contra o Corinthians B, na segunda-feira (28/03), com outro empate.

De acordo com os organizadores desta excursão ao Brasil, a escolha do país foi tomada principalmente pela tradição no futebol e também pela ida de atletas brasileiros para equipes nipônicas. “Com essas partidas contra times brasileiros os jogadores puderam fazer um intercâmbio de experiências”, explica Atsushi Nomiyama, Chefe da Delegação.

Formada por jogadores nascidos em 1985 e 1986 a seleção japonesa tem tudo para brilhar no mundial, principalmente porque mostra que está pronta para competir. Vale ressaltar que o time japonês é formado em sua maioria por atletas que estão disputando a J-League em equipes principais, e que a seleção só pôde estar esta semana no Brasil pelo fato do Campeonato Japonês estar parado para os jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo. Um dos destaques do time é o atacante Morimoto de apenas 16 anos.


Sem Passeio

Com a agenda lotada a delegação japonesa não teve a oportunidade de conhecer o Brasil. A seleção chegou no dia 22 de março, numa terça-feira, e não perdeu tempo, já realizou o seu primeiro treinamento.

Apesar do pouco tempo livre, alguns jogadores conheceram um pouco do estado de São Paulo. “Deu para conhecer um pouco da cidade de São Paulo, e o interior, ou melhor, onde a gente jogou”, brincou Takuya Kokeguchi, do Cereso Osaka.Indagados sobre o que mais gostaram no Brasil, os jogadores não tiveram dúvida: o sabor das bananas e, é claro, a beleza das mulheres brasileiras. “As brasileiras são muito bonitas, têm coração grande e sangue quente”, comenta o atleta Keisuke Honda.

Tomodati Magazine Edição nº06

DOCES TRADICIONAIS

Com farinha ou arroz, as delícias japonesas ainda são pouco conhecidas no Brasil

Por Renata Giovanelli

Um sabor diferente do usual. Este é conceito dos doces tradicionais japoneses, que, apesar de não seguirem os padrões dos chocólatras, podem adoçar o paladar dos fãs do açúcar.

Existem dois tipos básicos de doces no Japão: a “Família Manju” (derivada da farinha) e a “Família Moti” (derivada do arroz), além do recheio de doce de feijão Azuke ou do feijão branco. Dentro de cada “família” há variações no preparo e na apresentação do doce. Entre os Manjus, por exemplo, o Yaki Manju, é assado, e o Inaka Manju deixa o recheio de doce de feijão aparecer, já que a camada da massa que o envolve é fina. O Fukashi Manju, cozido no vapor, é um pãozinho recheado com o doce de feijão, o An Pan que segundo o comerciante que trabalha com produtos japoneses é o mais vendido.O Fukashi Manju é cozido no vapor e era servido em missas para ajudar na limpeza da alma. Há também o An Pan, um pãozinho recheado com o doce de feijão, que é considerado um dos mais vendidos.

Na “Família Moti” existe o Shiro Moti (massa de arroz simples sem adição de nenhum outro produto), que os japoneses usam no final do ano para servi-la dentro da sopa. Essa tradição, chamada de “Ozoni”, atrai bons fluidos, saúde, paz e felicidade. Há também o An Moti (com açúcar na massa e recheio com doce de feijão) e o Hana Moti, que quer dizer “flor”, e difere do outro pelas cores em sua decoração. Já no Kinaki Moti é acrescentado de farinha de soja.

De acordo com o comerciante Paulo Ishii, antigamente no Japão ao olhar para o doce já dava para saber se quem o tinha feito era mestre ou não. “Se fosse possível ver o recheio, o doce havia sido confeccionado por alguém inexperiente, pois o bolinho perfeito era aquele que não deixava o recheio à mostra”, conta.

História


Os doces japoneses chegaram ao Brasil junto com a imigração (por volta de 1908), mas só foram industrializados há 30 anos. Diferente da culinária salgada, que virou moda e é muito apreciada no mundo todo, os doces ainda representam um mercado pequeno de consumo fora do Japão. “O sushi sofreu uma leve mudança para agradar ao paladar dos ocidentais, foram acrescentados mais sabores e temperos. Talvez essa seja uma alternativa para melhorar o mercado dos doces, fazendo algumas alterações de recheios, assim como no Japão, onde existem doces com recheios de pêssego e morango”, afirma Ishii.

A vantagem dos doces japoneses é que eles têm uma quantidade de açúcar menor e, portanto, é possível saborear mais de um. Além disso, o prato costuma ser acompanhado do chá verde, que possui função digestiva e é muito saudável.



PRESSÃO BAIXA

Como identificar e cuidar do problema

Por Renata Giovanelli


Na maioria das vezes em que uma pessoa apresenta sintomas que popularmente são interpretados como “pressão baixa”, o que ocorre na verdade não é a queda dos níveis de pressão sanguínea, mas uma soma de fatores como o cansaço físico, nervosismo, excesso de calor, fome e ambientes fechados que causam essa sensação de fadiga, tontura e vista turva.

Ter a pressão arterial baixa é uma das queixas mais freqüentes e, na grande maioria dos casos, é um sinal de boa saúde. Os médicos afirmam isso por saberem que os portadores de pressão arterial baixa costumam ser saudáveis, e provavelmente, terão vida longa. “A hipotensão arterial não é tão agressiva ao organismo, como a hipertensão, mais conhecida como pressão alta, mas não pode deixar de ser observada”, diz a cardiologista Dra. Maria Aparecida Lopes.

Segundo ela, em se tratando de pessoas adultas, pode-se considerar a pressão baixa quando os níveis da máxima estão abaixo de 90 mm Hg (ou 9 cm de g) como é calculado. “Há pessoas sadias que apresentam níveis até mais baixos e que, nem por isso, apresentam sintomas”, coloca. Para se ter uma média de pressão ideal, devem ser considerados, além da idade, a altura e o peso da pessoa.

Em algumas situações de doenças mais graves, podem ocorrer quedas de pressão significativas que provocam manifestações, inclusive a morte. A situação de pressão baixa mais grave é denominada choque, que acontece quando a pressão do sangue nas artérias é insuficiente para manter a irrigação dos tecidos.

Uma das causas mais freqüentes de diminuição da pressão arterial é denominada de hipotensão postural, que ocorre quando as pessoas, ao mudarem subitamente a posição do corpo, sentem tonturas ou a visão turva, sensação que passa em alguns segundos. “É o que acontece quando alguém, depois de estar durante muito tempo agachado, ao levantar-se subitamente, sente-te tonto e a visão escurece, chegando a oscilar o corpo ou mesmo a cair, todavia isso nem sempre significa doença, isso ocorre principalmente em pessoas não condicionadas fisicamente”, conta a Dra. Maria Aparecida.

A maioria das pessoas que afirma ou acredita ter a pressão baixa costuma fazê-lo por se sentir cansada, adinâmica, sem vontade para agir e sonolenta. “Estas manifestações são provavelmente sintomas de depressão”, afirma a médica. Segundo ela, isso ocorre porque os pacientes não entenderam informações do médico, “depressão e queda de pressão são coisas diferentes, nem sempre bem explicadas aos que consultam por estes sintomas”, informa.

As pessoas que apresentam sintomas depressivos, assim como as que têm quedas de pressão transitórias, provocadas por mudanças de posição corporal, é recomendado a prática regular de exercícios físicos, além de acompanhamento médico.


ASAKUSA:
O MAIOR CARNAVAL DO MUNDO FORA DO BRASIL


Por Renata Giovanelli


Não faz muito tempo que no Brasil usavam a expressão “Tem japonês no samba!”, significando que o ritmo desafinou. Hoje, no Japão, os sambistas dizem “Tem alemão no samba!”. As expressões podem ser consideradas injustas, já que o Japão e Alemanha são os dois países que mais homenageiam o povo brasileiro através do Carnaval. Quem comprova isso é o site “Wolrd Samba Homepage” que mostra a lista dos países que realizam o carnaval fora do Brasil. O resultado é muito interessante e mostra que a maior comunidade japonesa fora do Japão fica no Brasil, enquanto que o maior Carnaval fora do nosso país é o do Japão.

O Carnaval de Asakusa teve início em 1980 com o pré-Asakusa Samba Carnival e, em 1981, teve a sua primeira edição. O desfile acontece anualmente em setembro nas ruas de Asakusa, em Tóquio, atraindo cerca de 500 mil expectadores. Cerca de 30 a 40 escolas samba desfilam e competem ao título e elas são divididas em três ligas. A principal, que é profissional, conta com componentes experientes em suas alas. Nas demais ligas as escolas e seus componentes são amadores, sem muita técnica, apenas gostam de participar.

A escola de maior destaque é a G.R.E.S. Bárbaros que ganhou 15 vezes nas 24 edições do carnaval de Asakusa, sendo que, até 1999, a escola havia vencido por sete vezes consecutivas. Ela conta com 80 membros na bateria e cerca de 150 dançarinas, que se reúnem de duas a quatro vezes por mês nos domingos à tarde para tocar e sambar.

A primeira escola de samba fundada por um brasileiro na Ásia é a “Escola de Samba Cruzeiro do Sul”, que nasceu em 1984. O presidente, Francis Silva, criou o clube nomeado de Praça 11 em 1999, onde as pessoas podem ir e aprender o samba e outros estilos como o pagode e o chorinho.

Intercâmbio Brasil X Japão

Já ocorreram várias trocas de conhecimentos entre as escolas de samba do Brasil e do Japão. Desde de 1997, o Grêmio Recreativo da Escola de Samba Saúde, o Yokohamangueira, faz intercâmbio com a Mangueira no Rio de Janeiro para aperfeiçoar os dotes de seus 300 componentes. Essa troca começou após uma brincadeira entre Pelé e o pesquisador japonês de línguas neolatinas Keisuke Sakuma. Durante uma visita ao Japão, Pelé desafiou o acadêmico a trazer japoneses ao Brasil para prender a sambar. O trato foi cumprido e cerca de 100 integrantes da Saúde já foram ao Rio.

São Paulo também não fica para trás. Sem falar que é a cidade com maior a colônia fora do Japão. Em 1998, a imigração japonesa comemorava 90 anos, com isso o Grêmio Recreativo e Cultural Escola de Samba Vai-Vai, uma das mais antigas escolas da cidade, escolheu como enredo uma homenagem à integração entre Brasil e Japão, destacando os principais aspectos da cultura japonesa e a troca de valores que se mantém entre os dois países. E acabou levando o título naquele ano.
Outras escolas de São Paulo também apresentam esse intercâmbio. A X9 Paulistana, por exemplo, tem como “Miss Simpatia” uma sambista japonesa. Segundo Alexandre Tsurumaru, coordenador da ala Uni Santa da escola, a japonesa vem todo ano. “Ela não perde um carnaval se quer, e não faz feio na avenida, pelo contrário, sua performance é ótima e ela sai na frente da bateria”, comenta.

Nikkeys no carnaval brasileiro

Não é de hoje que descendentes de japoneses se jogam no samba, no carnaval. Sem falar dos que vem do Japão para desfilar no carnaval carioca e paulista.

O coordenador de uma das alas do Grêmio Recreativo Escola de Samba (GRES) X-9 Paulistana, Alexandre Tsurumaru, que há 15 anos se dedica ao carnaval, conta que este ano a ala Uni Santa vai contar com mais de 20 descendentes para o desfile.

Alexandre começou a desfilar desde jovem e hoje, além de coordenar, ele também faz penas artificiais para as fantasias. “Desde pequeno eu sempre gostei de carnaval, mas foi aos 18 que comecei a participar diretamente e não saí mais”, conta.

Segundo ele, a coordenação é um trabalho muito gratificante. “Você se envolve o ano todo com o desenvolvimento, a criação, e quando chega o desfile você tem a sensação de trabalho concluído”, comenta.

A professora de dança Kátia Maymi Itami, de 28 anos, também é apaixonada pelo carnaval. Há quatro anos ela é a coreógrafa da comissão de frente do G.R.E.S Arco Íris de Valinhos. O interesse pelo samba surgiu através do trabalho no Country Club. “Tive contato com alguns organizadores da escola, e eles me convidaram para participar e desde então continua lá” conta.

Kátia, que já foi destaque da escola, conta que o carinho do publico no momento do desfile é muito bom. “O contato com as pessoas é gratificante e prazeroso, sem falar de ter meu trabalho reconhecido, o que me rendeu mais convites como coreógrafa” finaliza.


DESAFIANDO AS LEIS NATURAIS

A asa-delta é um dos grandes atrativos para quem busca emoção

Por Renata Giovanelli


Aventura e emoção são duas palavras que não podem faltar no vocabulário dos amantes de asa-delta. Embora seja famoso em todo o mundo, o vôo livre não é um esporte sem riscos. Pelo contrário, se os procedimentos necessários não forem executados, ele pode ser muito perigoso, causando ferimentos graves ou fatais. De acordo com a Associação Brasileira de Vôo Livre, é importante que o piloto tenha experiência suficiente para o tipo de vôo que pretende fazer, que todos os equipamentos de segurança estejam de acordo com as especificações (inclusive o peso) e que o clima esteja propício para o vôo.

Segundo o piloto campineiro Shigueru Hirose, conhecido como Akira, os acidentes não acontecem por um único fator, e sim pela somatória de vários. “Essa pratica exige um domínio perfeito de um grande numero de conhecimentos, bem como dos seus próprios reflexos. O medo também é um forte aliado, pois quando ele acaba você tem que parar, senão morre”, afirma.

Praticante do vôo livre há 12 anos, Akira é um verdadeiro apaixonado por esportes radicais. Aos 47 anos e duas vezes vice-campeão paulista (em 1996 e 2004), ele conta que escolheu a asa-delta por ser uma atividade que não exige tanto condicionamento físico, além de ser individual. “É um esporte onde não dependo de ninguém, só de mim mesmo, podendo praticar quando der vontade”, explica. “Entrei para me divertir, mas percebi que não estou tão mau assim e vou continuar até quando der para participar”, declara Hirose, que se prepara para o Campeonato Paulista deste ano.

Emoção

O vôo livre vem sendo praticado no Brasil desde a década de 1970, quando o piloto carioca Luiz Cláudio Mattos decidiu seguir amigos estrangeiros e passou a saltar de alguns picos no Rio de Janeiro. Em novembro de 1975, foi realizado o 1° Campeonato Brasileiro de Vôo Livre e o número de adeptos não parou de crescer. Hoje, cerca de 2.500 pessoas praticam a atividade por todo o Brasil.

Ao contrário da maioria das atividades radicais, que proporcionam adrenalina na descida – como o paraquedismo, o bungee jumping e o sky dive – a asa delta proporciona adrenalina na subida, onde o desafio é ficar bem perto do céu. Um vôo pode demorar de 10 minutos a uma hora e chegar a três mil metros de altura.

Antes de começar a praticar vôo livre, os participantes devem fazer um curso que envolve tanto a parte teórica como a prática. “Sem esse aprendizado a pessoa não pode saltar, são regras de segurança que protegem o praticante”, afirma Marco Arruda, que há 10 anos dá o curso na Academia de Vôo Livre de Atibaia, interior de São Paulo. Arruda explica que os interessados em vôo livre que não querem fazer o curso podem utilizar o vôo duplo, onde o instrutor leva uma pessoa de “carona”. “É um vôo tranqüilo onde você sente uma liberdade e um contato com a natureza muito grande”, conta. No Brasil, a Pedra Grande em Atibaia (SP), o Pico do Gavião em Andradas (MG) e a Extrema (MG), estão entre as plataformas mais cotadas. Cada lugar oferece uma natureza diferente e muito bonita para ser apreciada.

Para fazer vôo duplo da Pedra Grande em Atibaia, a 1.300 metros acima do nível do mar, basta entrar em contato com a Academia de Vôo Livre de Atibaia, pelo telefone: (11) 4411-7619 ou (11) 9563-8791. mais informações no site: www.avla.com.br

Tomodati Magazine Edição nº05

BEISEBOL MADE IN BRASIL

Seleção brasileira termina em quinto lugar no pré-Mundial

Por Renata Giovanelli

O beisebol brasileiro está começando a colher os frutos de um trabalho que vem sendo realizando desde meados de 1980. Os resultados são as excelentes colocações que a seleção brasileira tem conseguido em competições como os Jogos Panamericanos (5º lugar) e a Copa do Mundo de Beisebol (7º lugar).

Apesar da definição de seis vagas a serem distribuídas para os melhores colocados neste Pré-Mundial, o Brasil, que terminou na quinta colocação, não está garantido na disputa da Copa do Mundo de 2005. Os critérios podem ser mudados, reduzindo o número de times do continente americano. A justificativa é o número pequeno de participantes. “Infelizmente ainda não podemos comemorar a conquista da vaga", declara Jorge Otsuka, presidente da Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol (CBBS), em entrevista à Tomodati Magazine. A reunião que redefinirá o critério de seleção deverá acontecer ainda no ano de 2004.

Mesmo assim, o arremessador Jean Antonio Tome, de 17 anos, o mais novo jogador a participar do pré-mundial pela seleção, garante que foi um bom resultado e uma ótima experiência para o Brasil. “Acho que foi emocionante e representa um grande passo para a nossa seleção. Estou muito feliz pela oportunidade pois, pela primeira vez, pude defender a equipe adulta” comemora.

Estrutura


Muita gente não sabe, mas os atletas de beisebol brasileiro contam com um dos melhores complexos esportivos do mundo, construído em uma área de 230 mil metros quadrados na cidade de Ibiúna, a 60 km de São Paulo. São quatro campos (três em dimensões oficiais), refeitório, alojamentos, salas de musculação e de treinamento. Os acadêmicos, como são chamados, também têm aulas de inglês e japonês, já visando um futuro intercâmbio com times dos Estados Unidos e Japão.

Hoje no Brasil existem mais de 30 mil praticantes em 120 times que participam de competições oficiais, além das estaduais e regionais. Apesar de ser conhecido como "esporte dos japoneses", cerca de 33% dos jogadores do beisebol brasileiro não são orientais, o que agrada a confederação brasileira. “Isso representa uma vitória no processo de massificação do esporte aqui no Brasil”, finaliza Jorge Otsuka.

Assessoria de Imprensa 3

Jornal do Show de Bola

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Bola na Rede 02

Assessoria de Imprensa 2

Boletim Informativo do vereador Paulo Oya (PDT)

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